quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Resgatando a História dos Heróis da Fé em Nossos Dias

Breve Histórico do Rev. Jerônimo Gueiros
Sem. Irineu Júnior; Luciano sobral; Marcos Henrique e Mizael Laureano T4 - SPN


Reverendo Jerônimo Gueiros “Nascido a 30 de Setembro de 1880, na povoação de Queimadas então município de Quipapá, hoje município de Jurema, Jerônimo Gueiros passou os quatro primeiros anos de sua vida no povoado Salobro, e os dois seguintes na cidade de Palmeira dos Índios – Alagoas, de onde veio para Garanhuns com idade de seis anos. Em Garanhuns aprendeu as primeiras letras numa escola particular, fez o curso primário na Escola Estadual, o secundário no Colégio Acioli e terminado no Colégio Evangélico, fundado e dirigido pelo Pastor Protestante Reverendo Martins de Oliveira[1].
Foi pelo presbitério de Pernambuco, em 15 de Setembro de 1901, Ministro do Evangelho e, nesta qualidade, transferiu-se para Fortaleza – Ceará e dali para Natal – Rio Grande do Norte onde, por algum tempo, foi Pastor da Igreja Presbiteriana, de onde para Garanhuns regressou em 1903, casando-se com D.Cecília Barbosa de Farias, filha do casal Inocêncio Barbosa de Farias e Alexandrina Firmina de Farias, em 23 de Dezembro daquele ano. Enquanto permaneceu em Garanhuns, foi Pastor da Igreja Presbiteriana local, diretor do Colégio XV de Novembro e do Jornal Norte Evangélico[2].
Em 1920, aceitando o convite do Governador do Estado de Pernambuco para dirigir a Escola Normal Oficial do Estado do qual além de diretor, foi lente de História da Civilização, fixou, definitivamente residência no Recife, e fundou em 27 de Fevereiro de 1921, a Igreja Presbiteriana da Boa Vista de cujo templo conseguiu finalizar a construção, inaugurando-o em 15 de Novembro de 1947. O Reverendo Professor Jerônimo Gueiros, que levou a vida empregando o máximo esforço pelas causas do bem, veio a falecer no Recife em 07 de Abril de 1953. Garanhuense por seus ancestrais, Além de fundador e Pastor da Igreja Presbiteriana da Boa Vista e ex-Pastor das Igrejas Presbiterianas de Fortaleza, Natal, Campo Grande e Recife, foi fundador do Externato Natalense, da Escola Elisa Reed e organizador e Professor do Instituto Pestallozzi, em Natal, Professor e ex-Presidente do Seminário Evangélico do Norte (Recife) e também membro e Presidente da Academia Pernambucana de Letras[3].
Nomes como: John Rockwell Smith, Dr. George William Butler, William Calvin Porter, Juventino Marinho e Rev. Dr. Antônio Almeida figuram nesta galeria de vultos fundamentalistas. Dentre eles o mais destacado nesta luta em defesa da fé, sem desmerecer os nomes citados, foi o Rev. Jerônimo Gueiros[4].
O movimento fundamentalista no Brasil originou-se em Pernambuco e teve como precursor o Rev. Jerônimo Gueiros, que lutou contra o catolicismo romano no Ceará, contra a heterodoxia, contra o espiritismo e contra o modernismo teológico[5].
Surgiu em 1932 à luta dentro da própria Igreja Presbiteriana do Brasil, ano em que oficialmente, ainda que num concílio irregular, entrou na Constituição que lhe foi imposta, o dedo do modernismo teológico. Lá (na Constituição) apareceu uma idéia que admitiu a possibilidade de mulheres receberem ordens para o exercício de ofícios dentro da Igreja. Levantou-se a voz do norte, pela pena do Rev. Jerônimo Gueiros[6].
O historiador Alderi informa que trabalhou em Garanhuns o médico e missionário Rev. George William Butler, que fundara a igreja local em 1895 (a igreja seria formalmente organizada em 22 de janeiro de 1900). Butler idealizou um colégio para a formação de obreiros para o Nordeste. Em 1899, ao transferir-se para Canhotinho, convidou Martinho de Oliveira para substituí-lo na Igreja de Garanhuns e fundar a escola, o que ocorreu no mesmo ano. Seu primeiro aluno foi Jerônimo Gueiros (1880-1953), membro de uma família que daria grandes contribuições à igreja e à sociedade no Nordeste brasileiro[7].
O grande questionamento é: O que nós, cristãos do século 21 temos feito por nossas cidades? No inicio do século 20 esse pastor já fazia missões urbanas, fazendo da Igreja de Cristo um braço na educação, socialização, saúde, política não partidária, mas visando o bem comum da população.
Nessa época os evangélicos eram poucos que se posicionavam e não negociavam as suas convicções, fazendo muito pelo engrandecimento do Reino de Deus. Hoje somos muitos, que negociamos os princípios e fazemos pouco pela causa do Evangelho. Que Deus nos ajude a sermos fiéis a sua palavra e testemunhas vivas do seu amor, graça e misericórdia. Que possamos fazer diferença em meio a sociedade, sendo instrumento nas mão de Deus para edificação da nossa cidade.
[1] História- Escola Professor Jerônimo Gueiros, Garanhuns-PE. www.escolas.educacao.pe.gov.br
[2] Ibid
[3] Ibid
[4] Buriti, Davi. Fundamentalismo em Pernambuco. www.ipfb.blogspot.com
[5] Ibid.
[6] Ibid.
[7] Matos, Alderi Souza de. Rev. Martinho de Oliveira. www.mackenzie.br